sexta-feira, 13 de junho de 2008

A VINDA DA CORTE PORTUGUESA PARA O BRASIL

No início do século XIX Napoleão Bonaparte era imperador da França. Ele queria conquistar toda a Europa e para tanto derrotou os exércitos de vários países. Mas não conseguiu vencer a marinha inglesa. Para enfrentar a Inglaterra, Napoleão proibiu todos os países europeus de comercializar com os ingleses. Foi o chamado Bloqueio Continental. Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente Dom João. Como Portugal era um antigo aliado da Inglaterra, Dom João ficou numa situação muito difícil: se fizesse o que Napoleão queria, os ingleses invadiriam o Brasil, pois estavam muito interessados no comércio brasileiro; se não o fizesse, os franceses invadiriam Portugal.


A solução que Dom João encontrou, com a ajuda dos aliados ingleses, foi transferir a corte portuguesa para o Brasil. Em novembro de 1807, Dom João com toda a sua família e sua corte partiram para o Brasil sob a escolta da esquadra inglesa. 15 mil pessoas vieram para o Brasil em quatorze navios trazendo suas riquezas, documentos, bibliotecas, coleções de arte e tudo que puderam trazer. Quando o exército de Napoleão chegou em Lisboa, só encontrou um reino abandonado e pobre. O príncipe regente desembarcou em Salvador em 22 de janeiro de 1808. Ainda em Salvador Dom João abriu os portos do Brasil aos países amigos, permitindo que navios estrangeiros comerciassem livremente nos portos brasileiros. Essa medida foi de grande importância para a economia brasileira.


De Salvador, a comitiva partiu para o Rio de Janeiro, onde chegou em 08 de março de 1808. O Rio de Janeiro tornou-se a sede da corte Portuguesa. Várias transformações marcaram o cenário político-social da colônia entre elas o Decreto da Abertura dos Portos às Nações Amigas, crescimento populacional devido ao grande número de nobres e funcionários da corte portuguesa e a criação do Banco do Brasil contribuiu para a aceleração do desenvolvimento.
Geocities-Família Real
Revista Veja-Edição especial
MultiRio-Embarque

POSTADO PELOS ALUNOS EDGAR E MARONÊS

As condições da Viagem

Quem acredita que a família real decidiu vir ao Brasil na última hora está completamente enganado.A salvação da Corte foi o explorador Martim Afonso de Souza, que em 1532 retornou a Colônia na América e disse ao rei dom João III: “Doidice seria um rei viver na dependência de seus vizinhos, podendo ser monarca de outro maior mundo”.Dom João III elaborou então, um plano de emergência, caso Portugal fosse invadido por estrangeiros e a Corte seria transferida para a Colônia Brasileira.

Dom João VI estava muito preocupado se Napoleão invadisse, no entanto, não queria viajar (ou fugir) ao Brasil e adiou ao máximo que pode.

Na madrugada de 24 para o dia 25 de novembro, Dom João VI ordenou o embarque.Funcionários, pajens e camareiras viravam noites esvaziando palácios e empacotando pratarias e jóias, tirando quadros das paredes, recolhendo todo ouro e prata. Ao total, eram 700 carroças que começavam a circular pela cidade, eram carregadas de livros, dinheiro, documentos e todos utensílios e objetos citados antes, além de muita coisa não descrita.A circulação das pessoas e os carregamentos eram realizados debaixo de muita chuva, vento e com muita lama.

Assim, a corte embarcou no dia 29 de novembro, porém, seria no dia 27, mas devido aos fortes ventos, foi adiada.A esquadra portuguesa era composta por 19 navios e encontrou-se com a frota britânica, que faria a escolta até o Brasil (13 embarcações).As condições da viagem eram muito precárias, abaixo descreveremos como foi.Próximos ao Equador, entraram em uma zona de calmaria e permaneceram quase 30 dias parados, atrasando a viagem, e deixando todos revoltados.

Os navios partiram todos juntos, mas pela manhã, já estavam espalhados por causa de uma tempestade.Os próximos dias também foram assim, com ventos e chuvas abundantes, tornando a vida nos navios incômoda, uma vez que a Corte queria chegar o quanto antes no Brasil.Além de tudo, havia uma superlotação que mal tinham espaço para se deitar no convés, e as senhoras só tinham as roupas do corpo.Colchonetes eram um privilégio dos nobres, e para os demais, não haviam cabines, camas e muito menos privacidade e tinham apenas o espaço para dormir e estar,era muito apertado.

Água escassa e de má qualidade, a comida era carne salgada e biscoitos que já estavam contaminados por vermes.Animais vivos também faziam parte da embarcação para garantir leite, ovos e carne fresca, enfim, condições de higiene péssimas.Surtos de piolhos, ratos abundantes, aumentavam o risco de epidemias.Distúrbios intestinais causados pela falta de alimentação necessária.Insolação e desidratação eram constantes em dias de muito sol, além de enjôo, medo e mau-humor.

Curiosidade:
Na viagem, não havia banhos, porém o rei e Dona Maria tomavam banho de mar um pouco mais quente como forma de aliviar problemas de saúde.Então o uso do mar no Brasil surgiu como tratamento médico, e a idéia de ir ao mar como lazer surgiu com a elite burguesa na segunda metade do século XIX.Até o século XVIII o mar era local de morte, angústia e sofrimento, pois quando acontecesse uma morte no mar, os corpos eram jogados ali mesmo.

TEXTO ESCRITO PELA ALUNA JÉSSICA NUNES

Fontes utilizadas,capturadas em 24.08.2008

Super Interessante
Revista Veja-Edição especial
Wikipédia-Viagem da Família Real
Laurentino Gomes-Clique,é uma animação da viagem.
Globo-Condições da viagem
Colégio Universitas-Condições da Viagem
Portal Ciência e Vida


2 comentários:

Luciane disse...

cuidar nesse texto está 150.000 pessoas e no outro 15 mil

Prof.Marcos disse...

O texto " A Vinda da Corte Portuguesa...", bem como os tópicos que o acompanham e a estrutura do blog me parecem adequados como introdução.Entretanto, as ilustrações ( " Península Ibérica" e "Quem veio"), mesmo quando ampliadas ficam com pouca nitidez, dificultando a leitura.